Servidores públicos municipais decidiram pela paralisação das atividades durante uma Assembleia Geral
“É greve geral pela implantação do piso
salarial nacional dos agentes comunitários de saúde e dos agentes de combate às
endemias de Maceió”, informa o presidente do Sindicato dos Agentes Comunitários
de Saúde de Alagoas (Sindacs-AL), Nelson Cordeiro. A paralisação foi decidida na
quinta-feira (29), após votação unanime durante uma Assembleia Geral
Extraordinária, realizada no Centro Educacional de Pesquisa Aplicada (Cepa), no
Farol.
A
atividade de luta seguiu para a Avenida Fernandes Lima, onde os trabalhadores
bloquearam as duas vias para protestar contra o prefeito de Maceió, JHC. Todos os
serviços ofertados pelos ACS e ACE estarão com o funcionamento de apenas 30%,
como pede a lei.
São 1.250
servidores públicos municipais prejudicados pela falta de reestruturação do Plano
de Cargos e Carreiras (PCC), de acordo com a Emenda Constitucional 120, de 5 de
maio de 2022. Para o diretor executivo do Sindacs-AL, Fernando Cândido,
milhares de municípios já cumprem a lei, só não a capital alagoana.
“O
prefeito não quer realizar uma conciliação com os funcionários públicos, já
tentamos de todas as formas, até na justiça e nada. Esgotamos todo o diálogo,
então a greve geral foi inevitável”, relatou.
O Centro
de Gerenciamento de Crise da Polícia Militar apareceu e entrou em contato com
as lideranças sindicais, que explicaram a situação. No mesmo momento, entraram
em contato com o secretário municipal de Gestão, Ivan Carvalho, que convocou
uma reunião para segunda-feira (3/10). Após esse anúncio, a categoria decidiu
desocupar a Avenida Fernandes Lima.
A luta
está sendo organizada pelo Movimento Unificado Pela Implantação do Piso
Salarial dos ACS e ACE de Maceió, formado pelo Sindicato dos Servidores da Secretaria de Saúde do Município de Maceió
(Sindsaúde), pelo Sindicato dos Agentes de Saúde de Alagoas (Sindas), pelo Sindacs-AL e pela Associação dos Agentes de Combate às Endemias
de Maceió (AACEM).