terça-feira, 30 de julho de 2019

Rui Palmeira, único prefeito de Alagoas a não pagar o piso salarial dos agentes de saúde

Categoria não descarta possibilidade de paralisações e greve. Assembleia Geral Unificada dos Agentes de Saúde acontece na próxima sexta-feira.

O prefeito de Maceió, Rui Palmeira (PSDB), é o único no Estado de Alagoas a não pagar o piso salarial nacional dos agentes comunitários de saúde e de combate às endemias estabelecido pela Lei Federal nº 13.708/2018. Quem paga a conta é o Governo Federal, mesmo assim, o Executivo Municipal se abstém de qualquer melhoria salarial para o servidor público.  Diante desta situação, a categoria realiza uma Assembleia Geral Unificada dos Agentes de Saúde na próxima sexta-feira (2), às 8h, no auditório do Sindicato dos Bancários, Centro.

A profissão dos agentes foi regularizada em 2018, após cinco anos de muita luta dos profissionais em todo o Brasil.  A regra, estabelecida na Política Nacional de Atenção Básica, impõe a atualização dos vencimentos em janeiro de 2019 para R$ 1.250; janeiro de 2020 para R$1.400; e janeiro de 2021 para R$1.550. Para que ela entre em vigor no município é necessário um projeto de lei, que deve ser enviado pelo prefeito à Câmara Municipal. Todos os prefeitos dos municípios alagoanos já o fizeram, só não Rui Palmeira.

O agente de saúde é essencial na prevenção de doenças e promoção da saúde, por isso é de grande importância, que este funcionário do município seja valorizado, seja por meio da melhoria em sua remuneração como também em cursos que os profissionalizem mais. De acordo com o presidente do Sindicato dos Agentes Comunitários de Saúde de Alagoas (SINDACS - AL), Fernando Cândido, a nota que a prefeitura enviou à imprensa a respeito da regularização do piso nacional é apenas para desviar a atenção da população do problema, pois desde dezembro de 2018 a categoria tenta conversar sobre o assunto e é totalmente ignorada.

“O que vemos aqui é o total e completo desrespeito com os agentes de saúde de Maceió. São cerca de 800 profissionais que estão sendo prejudicados pelo Rui Palmeira. Por isso não descartamos possíveis paralisações e greves da categoria”, expõe Fernando Cândido.