“A gente não tem outro jeito de defender o direito do trabalhador e da
trabalhadora a não ser lutar”, afirma Secretário-Geral da CUT, Sérgio
Nobre. A central também definiu uma agenda de mobilizaçõe.
Para repetir as grandes mobilizações que a CUT, demais centrais, UNE e
movimentos sociais vêm fazendo desde abril contra a Proposta de Emenda à
Constituição (PEC) nº 06/2019 e cortes na educação, a CUT decidiu se
somar à mobilização da Confederação Nacional dos Trabalhadores da
Educação (CNTE) no dia 13 de agosto, Dia
Nacional de Mobilização, Paralisações, Assembleias e Greves Contra a
Reforma da Previdência, em Defesa da Educação Pública e por Empregos.
A
decisão foi tomada nesta segunda-feira (15), em São Paulo, na reunião
entre diretores das CUT’s nos Estados e dos Ramos. Os dirigentes também
aprovaram um calendário de lutas. [Confira no fim da matéria].
Segundo o Secretário-Geral da CUT, Sérgio Nobre, ficou claro nos debates
durante toda manhã que a pressão e a luta feitas até agora foram
importantes para amenizar as maldades do governo de Jair Bolsonaro (PSL)
contra a classe trabalhadora, mas a reforma ainda têm pontos muito
cruéis e a luta precisa continuar.
“E para fazer uma grande mobilização no dia 13 é preciso manter o
ritmo de pressão nos parlamentares em suas bases, nos municípios onde
eles moram e foram eleitos, nos aeroportos e no Congresso Nacional”,
reforçou Sérgio.
O dirigente disse, ainda, que é preciso continuar
intensificando a coleta de assinaturas para o abaixo-assinado contra a
reforma da Previdência porque é uma ferramenta importante de diálogo com
a população.
Segundo Sérgio, nas conversas com a sociedade os
dirigentes e militantes não podem dizer apenas que a reforma da
Previdência é ruim, tem de dar detalhes, exemplos de como as mudanças
podem afetar a vida de cada um.
“Temos que falar com os trabalhadores e as trabalhadoras sobre os
pontos que afetam de fato a vida do povo, entre eles, a redução do valor
da pensão das viúvas”.
Os diretores e as diretoras das CUT’s nos
Estados e nos Ramos definiram o dia 13 de agosto como mobilização
nacional, mas estarão de olho e atentos na agenda do Congresso Nacional.
Na avaliação deles, há uma disposição dos parlamentares em votar a
proposta de reforma da Previdência de Bolsonaro (PSL) entre os dias 5 e 8
de agosto. A reforma precisa ser aprovada pela Câmara em dois turnos,
antes de ir para o Senado. Na quarta-feira (10), foi aprovada em
primeiro turno. O segundo turno ficou para depois do recesso.
“Estaremos
de olho na movimentação em Brasília e prontos para qualquer mobilização
contra a retirada de direitos dos trabalhadores e das trabalhadoras. E
até agosto não sairemos das ruas nem das redes pressionando os deputados
e deputadas para votar em defesa de uma aposentadoria digna para o
povo”, finalizou Sérgio Nobre.
Agenda de mobilização da CUT
19
a 26 de julho: Plenárias para discutir a reforma e mobilização das
categorias para o dia 13 de agosto e outras ações contra a PEC que
praticamente acaba com a aposentadoria.
29 de julho a 02 de agosto: Semana Nacional de Coleta de Assinaturas para o abaixo-assinado contra a reforma da Previdência.
05
a 12 de agosto: atividades contra a reforma da Previdência em suas
bases, como assembleias nas portas de fábricas, panfletagens, protestos,
atos e panfletagens.
Fonte: cut.org.br - Escrito por: Érica Aragão, 15 Julho, 2019.