quinta-feira, 23 de abril de 2020

MPT-AL realiza audiência sobre medidas emergenciais para servidores da saúde de Maceió


Denúncia levantada por dirigentes sidicais aponta falta de EPIs e outras reivindicações voltadas à segurança dos profissionais. Audiência foi realizada nesta quinta-feira (23) e município terá 05 dias para solucionar problemas.

O Ministério Público do Trabalho de Alagoas (MPT-AL), por meio do Procurador Regional Rodrigo Rafael, realizou nesta quinta-feira (23) uma audiência para discutir sobre as denúncias feitas por representantes sindicais da saúde de Maceió, sobre as más condições de trabalho dos servidores do município e, sobretudo, sobre os riscos que estes trabalhadores vem sofrendo sem recursos para enfrentar a preocupante pandemia do Coronavírus (COVID-19).

De acordo com o presidente do Sindicato dos Agentes Comunitários de Saúde de Alagoas (SINDACS-AL), Fernando Cândido, a audiência foi de extrema importância, pois foram apresentadas reivindicações comuns a todos os trabalhadores da saúde, entre elas, foram cobrados os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), a elaboração de um plano de trabalho com o intuito de minimizar os riscos à saúde dos trabalhadores, a higienização periódica das unidades de saúde e de todos os locais de trabalho, a disponibilização de testes para o COVID-19, a garantia do cumprimento do protocolo para visitas domiciliares conforme orientação do Ministério da Saúde (MS) com relação às ações dos agentes comunitários de saúde, a implantação imediata das insalubridades aos servidores, por estarem expostos ao risco, entre outras. 

"É importante destacar que o trabalhador protegido salva vida, ele não adoece, não se ausenta do trabalho e está mais preparado para fazer o enfrentamento à pandemia do novo coronavírus. Dessa forma, quem sai beneficiada é a sociedade, que tem um profissional na linha de frente para conter o alastramento da doença", comentou Fernando. 

O município terá 05 dias úteis para resolver as reivindicações colocadas em pauta. O MPT-AL parte da premissa de que os servidores da saúde não podem em hipótese alguma trabalhar sem os devidos EPIs e todas as cobranças são válidas para que o exercício das funções desses profissionais sejam seguras para todos. "A partir dessa visão a gente entende que o Ministério Público do Trabalho é um aliado fortissimo dos servidores e servidoras da saúde", concluiu o presidente do SINDACS-AL.

Estiveram presentes na audiência os dirigentes do SINDACS-AL, SOEAL, SINDSAÚDE, SINMED-AL, SINEAL e dos Conselhos Regionais de Enfermagem e Psicologia.