Durante uma reunião realizada na última segunda-feira (17), a resposta da gestão para as reivindicações trabalhistas gerou frustração e decepção entre os representantes sindicais
O presidente do SINDACS-AL, Nelson Cordeiro, participou de uma reunião na tarde da última segunda-feira (17), entre o Movimento Unificado dos Servidores Públicos de Maceió, o secretário de economia, João Felipe, e a secretária municipal de gestão, Rayanne Tenório. O encontro teve como principal objetivo a busca por atualizações sobre a recomposição salarial, o pagamento das progressões por mérito e a implantação do piso nacional para os agentes de combate às endemias.
Após as inúmeras reivindicações das lideranças de classe, a última reunião foi mais uma tentativa de negociação com a gestão municipal. De acordo com Nelson Cordeiro, a comissão dos sindicatos contou com a colaboração do técnico contábil Diego Farias, que é especialista em orçamentos públicos em grande conhecedor da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). “A gente está pedindo uma reposição de 9%, pois há dois anos o município não concede nenhum aumento. O Diego fez um estudo contábil para apresentar lá na reunião e o relatório mostra que o município tem margem na LRF para dar reajuste aos servidores”, explicou.
Segundo a análise de dados cedidos pela própria Prefeitura de Maceió, Diego Farias constatou que o município tem a receita líquida com uma folga que chega a 37% do comprometimento com a folha de pagamentos e tem, por isso, está em plena condição de arcar com a recomposição salarial.
Durante a reunião, o secretário João Felipe contestou os dados levantados por Diego Farias, apresentando outras informações. “A gestão expôs outros dados com projeções futuras para rebater os nossos e, com isso, informou que o município não pode conceder nenhuma recomposição ou reajuste. Eles também não apresentaram nenhum dado referente às progressões por mérito e titulação e nem tampouco indicaram qualquer possibilidade para a implantação do piso nacional dos agentes de combate às endemias”, lamentou o presidente do SINDACS-AL.