quarta-feira, 28 de agosto de 2024

Aposentadoria especial: CCJ da Câmara dos Deputados aprova parecer da PEC 14/2021

Projeto regulamenta a aposentadoria especial dos ACSs e ACEs e fixa responsabilidade sobre o vínculo empregatício


O direito à aposentadoria especial dos agentes comunitários de saúde e dos agentes de combate às endemias (ACS e ACE) avançou. O parecer do Projeto de Emenda à Constituição 14/2021 foi aprovado durante a 39ª reunião deliberativa da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (28). O presidente do Sindacs-AL, Nelson Cordeiro, e o diretor da Fenasce, Fernando Cândido, comemoraram o resultado.

A PEC 14/2021 altera o art. 198 da Constituição Federal para estabelecer o Sistema de Proteção Social e Valorização dos Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Combate às Endemias, além de garantir uma aposentadoria especial e exclusiva, fixando ainda a responsabilidade do gestor local do SUS pela regularidade do vínculo empregatício desses profissionais. O único deputado federal a votar contra foi Gilson Marques (NOVO-SC).

O presidente do Sindacs-AL, Nelson Cordeiro, destacou a importância da união e da luta dos ACSs e ACEs em pautas de nível nacional. “Essa valorização de hoje veio não só pelo nosso importante trabalho para a saúde da população brasileira, mas também, e principalmente, pela união da categoria na luta por reconhecimento e melhoria na carreira”, pontuou.

Fernando Cândido celebrou a admissibilidade da PEC, que ainda terá seu mérito analisado por uma comissão especial para depois seguir para votação em plenário. “Hoje é um dia para comemorar um grande avanço na luta pela aposentadoria especial. Com a participação expressiva da categoria no plenário, a matéria obteve ampla discussão pelos deputados federais presentes, e os ACSs e ACEs obtiveram mais uma vez o reconhecimento merecido pelo seu papel essencial no Sistema Único de Saúde”, afirmou.

A PEC segue para uma comissão especial, onde seu mérito será analisado e debatida podendo receber emendas ao texto original. Após a análise na comissão especial, a PEC 14/21 segue para o plenário da Câmara, onde precisa ser aprovada em dois turnos de votação, com um mínimo de três quintos dos votos favoráveis dos deputados (308 votos) em cada turno.