ACSs e ACEs de Atalaia se unem em ato por valorização e aplicação do piso salarial nacional como vencimento base do PCCR
Os servidores municipais da Saúde de Atalaia paralisaram suas atividades por 24h, na quarta-feira (30). O ato de advertência cobra da prefeita Ceci Rocha um reajuste salarial justo para toda a categoria e a aplicação do piso salarial nacional dos agentes comunitários de saúde e agentes de combate às endemias (ACS e ACE) como vencimento base do Plano de Cargos, Carreiras e Salários. O presidente do Sindacs-AL, Nelson Cordeiro, os diretores executivos Edvaldo Gonçalves e Sérgio Leandro, e o diretor municipal Wanderson Nunes participaram da manifestação.
A mobilização é um desdobramento da Assembleia Geral da Saúde de Atalaia realizada em 23 de julho, onde a categoria rejeitou a última proposta da gestão municipal. A Prefeitura de Atalaia ofereceu 3% para os demais servidores da saúde e 4% para os ACSs e ACEs. No entanto, a categoria observou a não aplicação do piso salarial nacional como vencimento base da tabela do PCCR para os agentes, o que, a médio e longo prazo, ocorre uma desvalorização da carreira, com uma tabela defasada e descolada do reajuste nacional, que em 2025 foi de 7,51%.
Durante os últimos dias, circularam relatos de intimidação aos servidores para que não aderissem à paralisação. Apesar disso, a adesão massiva dos ACS e ACE, demonstrou o empenho e a dedicação na luta pela valorização. “É inadmissível que os trabalhadores da saúde, que estão na linha de frente do cuidado com a população, sejam desvalorizados dessa forma. A paralisação foi fundamental para mostrar que estamos abertos ao diálogo, mas que não vamos aceitar perdas de direitos. A prefeita tem que rever a situação dos servidores, especialmente dos agentes, que são pilares no atendimento à população”, destacou Nelson Cordeiro.
A concentração do ato foi na porta da Prefeitura. Após discursos e deliberações, os presentes tentaram uma reunião com a prefeita e o vice-prefeito, sem sucesso. Em seguida, os servidores caminharam até a Secretaria Municipal de Saúde, onde a Secretária Daniele Lobo se recusou a atendê-los. Após mais de 45 minutos de espera, uma vereadora comunicou que uma reunião seria agendada até a próxima segunda-feira, com sua intermediação e da Câmara Municipal, entre os servidores e representantes da gestão.
“Apesar de não nos atenderem, saímos do ato satisfeitos com o tamanho da mobilização e confiantes de que uma nova proposta será apresentada, buscando um meio-termo que garanta a valorização do PCCR da Saúde e o respeito ao piso salarial nacional dos agentes”, destacou Wandersonl.
