segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025

Diretoria do Sindacs-AL conta histórico de lutas da categoria para o governador Paulo Dantas

 Após a inauguração do complexo da Grota Santa Helena, o governador ouviu as causas e desafios enfrentados pelos profissionais da saúde em Alagoas


O governador Paulo Dantas ouviu as história de lutas dos agentes comunitários de saúde (ACS) e agentes de combate de endemias (ACE) de Alagoas durante um encontro com o presidente do Sindacs-AL, Nelson Cordeiro, os diretores executivos, Fernando Cândido e Sérgio Leandro, e o vereador por Maceió, Allan Pierre. A reunião aconteceu na tarde desta segunda-feira (17), após o evento de inauguração do acesso do complexo da Grota Santa Helena, no bairro de Chã de Jaqueira, em Maceió. 


O Sindacs-AL tem uma longo histórico na busca por reconhecimento, valorização e melhores condições de trabalho para os ACSs e ACEs. Desde sua criação, na década de 1990, o sindicato desempenha um papel fundamental na efetivação da categoria e na melhoria das condições de trabalho para esses profissionais, que atuam diretamente nas comunidades e são essenciais para a promoção da saúde e a prevenção de doenças.


Nelson Cordeiro destacou a importância do apoio do governador para garantir uma saúde pública mais eficaz, inclusiva e de qualidade. “A saúde pública no Brasil é organizada sob um modelo tripartite, que envolve três esferas de gestão: federal, estadual e municipal. O governo do estado atua como um intermediário, garantindo que as diretrizes federais sejam adaptadas e cumpridas, refletindo diretamente no bem-estar da população”, explicou.

Apesar dos avanços em algumas pautas, os ACSs e ACEs ainda enfrentam desafios, como a falta de reconhecimento institucional e a necessidade de condições de trabalho mais adequadas. Uma das grandes dificuldades da categoria é a implementação do piso salarial nacional de dois salários mínimos como vencimento inicial da carreira em Maceió, conforme explica Fernando Cândido.


“Realizamos uma greve em busca da aplicação da Emenda Constitucional 120/22, que dispõe sobre o piso salarial nacional da categoria. O movimento foi considerado legal pelo Tribunal de Justiça de Alagoas e durou quase dois anos, mas a Prefeitura de Maceió não demonstrou interesse em resolver a situação, permitindo que os casos de dengue aumentassem. Foi necessário encerrar a greve para não prejudicar os maceioenses”, relatou.

Mesmo diante de diversos obstáculos, o Sindacs-AL continua em frente e busca o diálogo com o Poder Executivo, além de realizar campanhas que demonstram a importância desses funcionários municipais para a saúde da população e que reforçam a exigência de que o governo municipal respeite a legislação e assegure o pagamento adequado.